quarta-feira, 23 de abril de 2008

Tremor de 5,2 graus na escala Richter assusta São Paulo

(Da Agência Brasil)


São Paulo - Um tremor de terra foi sentido na cidade de São Paulo agora à noite. De acordo com informações preliminares do chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Barros, a magnitude do tremor foi de 5,2 graus na escala Richter. O abalo sísmico também atingiu municípios do interior do estado.

O Corpo de Bombeiros da capital informou que recebeu várias ligações de todas as regiões da cidade. Além disso, os bombeiros sentiram o tremor no prédio da corporação.

Tanto a Defesa Civil do estado como o Corpo de Bombeiros da cidade informaram que, até o momento, não há registro de ocorrências e nem relatos sobre vítimas.

O Observatório Sismológico da UnB ainda desconhece as causas do tremor de terra. "Mas é muito provável que [o abalo] tenha ocorrido por causa da movimentação de uma falha geológica", disse à Agência Brasil, agora à noite, o geólogo Cristiano Chimpliganond, do Observatório Sismológico da UnB.

De acordo com Chimpliganond, o epicentro do tremor foi o fundo do Oceano Atlântico, a cerca de 270 quilômetros da cidade de São Paulo e a 218 quilômetros de São Vicente, no litoral paulista.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Veja: um órgão de imprensa "credenciado"

Acabo de ouvir do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), numa declaração apresentada no Jornal Nacional da TV Globo, que ele tinha o direito de divulgar o dossiê, mas para se defender de ser o único pai da criança, acrescentou: “imaginem se um órgão de imprensa credenciado (sic) publicaria uma matéria com apenas uma fonte”.

O senador tem razão, um órgão de “imprensa credenciado” não faria isso, mas como ele está se referindo a Veja, se esqueceu de que aquilo não é um órgão de imprensa. É um tribunal de execução de tudo que se refere ao governo Lula, aos movimentos sociais ou algo que cheire de esquerda.

Eles fazem matérias até sem nenhuma fonte. Ou com fontes inventadas. Se o senador quiser exemplos, aconselhe-o a ler meu texto publicado no livro “A Mídia e as Eleições de 2006”, organizado pelo professor Venício A. Lima.

Cara-de-pau com cabelo pintado de caju não combina, senador. Aconselho-o outro modelito.

(blog do Rovai)

"Esqueçam o que escrevi"

Toda vez que eu vejo a grande mídia falar de democracia, não sei se tenho vontade de rir ou chorar. E hoje, no site da Revista Fórum, vejo a seguinte pérola:

O que disse O Globo sobre o golpe de 64

No dia 2 de abril de 1964 o jornal "O Globo" publicou um editorial tecendo loas ao Golpe Militar de 1964. E prometia um país das maravilhas. O editorial mente tentando justificar, à luz da Constituição, aquele golpe. Vale, pois, reproduzi-lo no dia da mentira:

"O Globo" - 02/04/1964

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.


É mole?

sábado, 5 de abril de 2008

Ao senador Álvaro Dias

Na condição de contribuinte e cidadão brasileiro, tenho algumas perguntas para o senhor, senador Álvaro Dias.

Cheguei a trocar e-mails consigo algumas vezes, há alguns anos, no auge da crise do mensalão, e, portanto, sei, de cadeira, que respostas não são o forte do eminente parlamentar. Todavia, farei as perguntas assim mesmo, confiando nos efeitos benéficos do tempo e da experiência...

As perguntas são muito simples, senador Álvaro Dias. Peço respostas objetivas, e acredito que todo o país também as quer dessa forma.

Indo direto ao ponto:

1 - Quem lhe entregou a papelada que Veja, Folha, Estado e Globos chamam de "dossiê" anti-FHC?

2 - O senhor pagou por esses documentos ou lhe foram entregues gratuitamente?

3 - O senhor entregou esses documentos à revista Veja?

4 - Se o senhor se negar a responder as perguntas acima, pode explicar por que se nega?

5 - O senhor afirma que esse dossiê, na forma em que foi passado à Veja, foi feito na Casa Civil. O senhor tem provas de que os dados foram pinçados dentre os milhares de dados que há na Casa Civil e compilados daquela forma a mando do governo?

6 - Se o senhor não tem provas de que foi o governo, o senhor não acha que deveria informar o nome de quem lhe entregou os documentos?

7 - A pessoa que lhe entregou os documentos não pode ter as provas de que foi a ministra Dilma Rousseff, por exemplo, quem ordenou a montagem desse "dossiê" na forma como lhe foi entregue?

8 - Um parlamentar que conhece informações que podem levar a elucidar um crime e não dá essas informações às autoridades policiais, não está acobertando um crime?

9 - O Senado da República prevê alguma penalidade para seus membros que eventualmente acobertem crimes?

10 - Acobertar crimes é "quebra de decoro"?


(Cidadania.com)
"Minha impressão é que a Folha produz uma cobertura em tom unilateral que menospreza as incertezas que cercam o caso".

A frase refere-se à cobertura que a Folha dá ao dossiê/relatório sobre os gastos com cartões corporativos durante o governo FHC (Um dossiê e muitas incertezas). E o autor é o ombudsman do jornal, Mário Magalhães.

Tá no site da CBN...

Segundo a Lúcia Hipólito, "De um jeito ou de outro, Dilma não sai bem do episódio 'dossiê'". Quer dizer, independente de qualquer apuração, a ministra é culpada e ponto! Pelo menos é isso que muita gente pensa e quer.

Aliás, ouvindo ontem de manhã o Arnaldo Jabor, mais uma pérola. Comentando o momento atual de Cuba, o comentarista solta que o socialismo não funciona (?) porque depende da solidariedade humana. E como o homem não presta, o socialismo não funcioana. Quando ele afirma que o homem não presta, está fazendo uma auto-crítica?